Comunicação que se encontra expandida pelo mundo inteiro das mais diversas formas, ou seja, através dos meios de comunicação social: a televisão, a rádio, a imprensa, jornais, sendo que o receptor das mensagens, o público, pertence a uma massa sem capacidade de resposta. A interactividade nos mass media não existe.
Os mass media assentam em diferentes suportes ou tipos de transmissão da informação.
Os mass media são estruturas altamente organizadas, pretendendo satisfazer as preferências e as exigências dos sectores do público que representam a maior fatia no mercado. Só assim os mass media podem manter um equilíbrio económico, visto que dependem das receitas provenientes da publicidade.
Na era da informação, os mass media tornam-se maiores e mais pequenos.
Se estações de televisão como a CNN têm uma grande divulgação e abrangem um publico constituído por milhões de pessoas, o mesmo se passa, ainda que com um público menos numeroso, com a rádio, alguma imprensa ou serviços por cabo exemplificam uma divulgação especializada, visando um público pequeno, mas com gostos definidos.
Talvez o cinema seja um meio-termo entre os restantes mass media.
Na pesquisa sobre os mass media destacamos vários campos, nomeadamente o problema da manipulação, a questão da persuasão, o estudo sobre a sua influência, até chegar às suas funções. Neste último ponto, o interesse recai sobre a dinâmica do sistema social e o papel desempenhado pelos meios de comunicação social na sociedade.
Um estudo sobre as funções psicológicas e sociais dos mass media elaborado por Katz, Gurevitch e Haas, em 1973, separa 5 classes de necessidades que os mass media satisfazem:
Necessidades cognitivas (adquirir e melhorar tanto o conhecimentos como compreensão).
Necessidades afectivas e estáticas.
Necessidades de integração a nível da personalidade (estabilidade emotiva, maior segurança, aumento de credibilidade e ascensão na posição social).
Necessidade de integração a nível social (mais contactos interpessoais, com a família e os amigos).
Necessidade de evasão (aliviar as tensões, atenuar os conflitos).
A Imprensa é o primeiro e o mais antigo mass media.
A invenção dos caracteres metálicos móveis, em 1440, por Johann Gutenberg facilitou a expansão de jornais (cresceram como simples folhas cujo teor, muitas vezes, nem era informacional).
A crescente alfabetização da população fez aumentar o número de leitores, pelo que os jornais começaram a abranger mais temas, a dar mais informação e menos opinião.
Esta grande divulgação da imprensa (nomeadamente com as máquina rotativas) também baixou o custo dos jornais que se tornaram acessíveis a todos os que soubessem ler.
A imprensa, empurrada por empresas privadas, depende essencialmente do dinheiro proveniente da publicidade para viver.
O número de publicações tem vindo a diminuir nos últimos anos, pois os jornais pouco rentáveis desapareceram e os recentes foram concentrados em grandes grupos económicos que detém, muitas vezes, outros mass media, como a rádio.
A própria liberdade da imprensa pode ser posta em causa, pois se o jornalista tem de obedecer a uma ética profissional, ele também está inserido numa empresa que ultrapassa o seu jornal: o que o jornalista escreve pode estar a ir contra os interesses políticos ou financeiros da empresa-mãe.
Primeiros jornais eram simples folhas:
Hoje, os jornais diários são utilizados como fontes extra para a interpretação e contextualização da informação transmitida pelos outros mass media, sobretudo a televisão. A sua importância é evidente, e não podem ser substituídos pela televisão. Os jornais contêm muito mais informação, relatada de uma forma mais aprofundada; eles cobrem mais acontecimentos do que a televisão, pois contrariamente a esta, o seu objectivo é informar e não entreter.
Em 1953, o computador é inserido na tipografia, em 1957 a imprensa ganha a impressora a agulha, o que vai facilitar e melhorar substancialmente a paginação.
A produção de um jornal organiza-se no computador. Muitos artigos, especialmente os que vêm do estrangeiro, são mandados através do correio electrónico.
A imprensa soube aproveitar as vantagens que o uso do computador lhe trouxe.
Mas o jornal continua a pertencer, na sua forma acabada, ao seu estado semelhante. Contudo, estamos perto do tempo em que o jornal será completamente digitalizado (jornal digital).
A Rádio é o primeiro mass media electrónico, começou de maneira regular na década de 20 por iniciativa privada, até aos anos 60. Os países do mundo inteiros dedicaram-se à sua consolidação e regularização de serviços.
No que se refere aos géneros radiofónicos, estes começaram por ser uma extensão ou reaproveitamento da literatura e da imprensa escrita, com actores do teatro a interpretar, em adaptações para rádio. Este mass media era considerado um complemento e um substituto do jornalismo escrito, para quem não sabia ler, ou dispunha de pouco tempo para tal.
A rádio depressa se tornou no aparelho que todas as famílias possuíam em suas casas, era uma companhia, um meio de informação, uma distracção. Ocupava um lugar central nos lares, ficando exposta na sala, um pouco á semelhança do que se passou, e passa ainda hoje com a televisão, era rodeada por todos os membros da família que, ouviam as emissões pelo serão a dentro.
A rádio constitui um fortíssimo meio de massa, sendo fundamentada no som e na palavra, desempenha um grande papel junto da população, especialmente durante a segunda guerra mundial (1939-1945) quando, na europa, as populações iam sabendo do real desenrolar da guerra através das emissões radiofónicas da BBC (British Broadcasting Company). Para além de ser usada como um instrumento de informação credível e isenta, regimes totalitários e ditatoriais serviram-se da rádio enquanto arma de propaganda política contra outros países durante a guerra. (Infelizmente, este mau uso da rádio não ocorreu somente em situações de guerra, nem apenas em ditaduras).
Como outros mass media, a rádio esquece a interacção com a sua audiência, que se limita na maioria das vezes a ouvir passivamente, a ser mera receptora da informação. A comunicação não existe, e o ouvinte é bombardeado com segmentos regulares de publicidade (a vida da estação depende dela, é ela que patrocina os programas).
No entanto, entre os mass media, é a rádio que facilita e permite uma maior interactividade com o ouvinte, pois muitos programas se baseiam em telefonemas da audiência para concursos, debates, opiniões, pedidos.
Com o surgimento e a expansão massiva da televisão, a rádio foi perdendo a importância que tinha na vida das pessoas e dos países, tendo que se adaptar às novas condições para sobreviver. Contudo, dizer que a televisão matou a rádio, e a rádio matou os jornais é despropositado e exagerado. Ocorreu sim uma mais-valia, um crescimento na escolha e na diversidade apresentada às pessoas, preenchendo cada meio de comunicação falhas uns dos outros.
A televisão é os mass media por excelência aliando som e imagem, maravilhando, entretendo, arrastando e manipulando milhões durante o século XX.
A divulgação de alguns programas começa nos anos 30, na Alemanha e no Reino Unido, mas as emissões regulares só arrancaram em 1941. É nos anos 50 que a televisão sofre um verdadeiro impulso, ela encaminha-se para a sociedade de massas, altura em que milhões de pessoas começam a pôr de parte os seus aparelhos de rádio para assistir aos seus programas.
A televisão trouxe a possibilidade do seu público presenciar, graças aos satélites, acontecimentos que ocorrem em qualquer parte do mundo, seja em directo, ou não.
O público sente que está a ver coisas tal e qual são, esquecendo-se que só está a ver aquilo que a estação ou o director de programas/informação quer que se veja.
Aqui começa a manipulação menos visível, mais subtil. Como refere Francisco Rui Cádima “ o que fica à margem é, sobretudo, o real”, o telespectador vê um “real fragmentado, modulado”.
Neste mass media, a interactividade não existe. A audiência é uma mera receptora, sem voz activa. Ela tem de ser espectadora, passiva.
Ver televisão revela uma questão de disponibilidade e de entretenimento e não de uma questão de selecção.
É o director de programas que escolhe os programas que ele sabe que irão agradar à maioria dos telespectadores; mantendo uma audiência numerosa, ele sabe que os patrocínios publicitários continuarão a pagar os custos inerentes aos programas. O tempo de emissão é extenso e quantitativo.
É esta ditadura do prime time que obriga a que todos sigam a maioria.
Contudo, as pessoas perceberam que ninguém as podia forçar a ver o que quisessem, a seguir a maioria.
As pessoas recorreram a outro mass media para não serem forçadas a ver o que não desejavam na televisão: o vídeo. Da mesma maneira, também a televisão por cabo oferece mais diversidade: o telespectador pode escolher os canais que quer receber e, sendo muitos destes canais temáticos, ele sabe mais o que espera deles, e se interessam ou não.
O futuro da televisão passa não por uma melhoria de definição ou de imagem, mas antes pelo progresso ao nível dos conteúdo e, sobretudo, pela televisão digital.
O Cinema é o mass media com imagem mais antigo.
Em 1895 os irmãos Lumière realizaram a primeira sessão comercial de cinema, com filmes da sua autoria.
Este meio de comunicação e expressão, baseado nas características das imagens em movimento fixadas em películas próprias, foi evoluindo ao longo do século, tornando-se sonoro em 1926 e a cores a partir de 1935.
Quando surgiu, o cinema suscitou curiosidade, encantamento, e as massas dirigentes periodicamente às salas de cinema (que se foram construindo e adoptando) para assistir a pequenos filmes e informações, especialmente durante e segunda guerra mundial (1939-1945), altura em que o cinema completava a rádio e a imprensa com as suas imagens em movimento, e desempenhava também um papel propagandístico de ataques verbais ao inimigo e de apoio moral aos civis.
Hoje, o cinema goza de excelente qualidade de projecção que permite a película argêntea e o seu grande ecrã não se pode substituído pelo da televisão.
A sala de cinema é escura, de grandes dimensões, geralmente, e o público está em silêncio, geralmente. Isto contribui para captar melhor a atenção do espectador e para dar ao cinema a sua magia.
O público vem beneficiando das novas tecnologias (todas elas possibilitadas pelo uso do computador), dos efeitos especiais cada vez mais espectaculares; lembra-se do Parque Jurássico? Viram o Antz?; da digitalização dos filmes, que permite restituir ou restaurar a cor original aos mesmos, criar acontecimentos que não ocorreram, etc.
Mas o grande passo que o cinema e os poderosos estúdios de Hollywood estão a efectuar é a fusão ou a interacção do cinema com o multimédia.
O Vídeo doméstico é introduzido no mercado em 1964.
Apesar de ser um mass media, ele permite ver o que quisermos em toda a programação televisiva, mas que não vemos por não termos tempo, por não estarmos em casa, por passar muito tarde.
Sendo unilinear é um meio de comunicação de massas, o vídeo deixa contudo que o espectador reflicta: é possível parar e rever as imagens as vezes que for necessário.
O espectador caracteriza-se pela sua atitude crítica face às convenções da televisão e viram neste mass media uma televisão que “qualquer um podia ter”.
A televisão por cabo é um processo de televisão em que uma potente antena de grandes dimensões recebe sinais emitidos e os envia a uma central de controlo para a sua amplificação, filtração e transformação. Desta central partem cabos coaxiais, com muitas ligações principais e secundárias, que levam a imagem até ao receptor dos utentes.
A televisão por cabo é mais ecológica do que a televisão convencional, por antena, pois com o cabo há uma maior preservação do meio ambiente e uma redução na proliferação das antenas.
A televisão por cabo também pertence à categoria dos mass media. Apesar de difundir muitos canais, de oferecer mais escolha a nível de conteúdos, é evidente que as companhias do cabo controlam o canal de telecomunicações e o seu conteúdo.
Face à convergência entre o audiovisual, as telecomunicações e a informática, a televisão, no futuro, será um computador com acesso ao cabo, ao telefone, ao satélite. Os grandes oligopólios televisivos irão acabar, assim como um sistema televisivo fechado, dominado pelos interesses financeiros de grandes grupos de comunicação.
A televisão digital vai permitir a biunivocidade: as pessoas vão poder escolher o que querem ver.
Os bits desta televisão do futuro vão possibilitar o visionamento do que se quiser, às horas que se quiser. Será a informação a pedido a dominar.
Os Jornais Digitais são um mass media um pouco diferentes, na medida em que a sua produção, fabricação e divulgação se fazem pelo computador.
Para mais, podemos imprimi-los em nossa casa, imprimir os artigos que mais nos interessam, lê-los no computador, etc.
Em breve surgirá um computador portátil de ecrã flexível, sem fios, mais ou menos do tamanho de um jornal, a cores, à prova de água, de alta definição: podemos carregar nele a edição do jornal, ou jornais, que quisermos diariamente.
Os jornais digitais são mais ecológicos (menos papel, menos árvores abatidas), mais higiénicos (para as mãos do leitor), mais baratos para quem compra e quem produz.
É claro que também vão trazer consigo consequências negativas, como o desemprego dos operários que assistem e empreendem a tiragem dos jornais nas máquinas, o desaparecimento gradual dos vendedores de jornais, etc.
Num futuro talvez não muito distante, será o nosso próprio computador a seleccionar os artigos da nossa preferência (depois de os ter lido todos) e a fazer-nos um resumo dos mesmos, consoante os nossos gostos, interesses, necessidades pessoais e profissionais, etc.
Conclusão:
Com esta pesquisa posso concluir, que os mass media, os poderosos meios de comunicação social são uma forma do ser humano estar informado de tudo aquilo que se passa no mundo inteiro, oferecem também entretenimento, e fazem-nos companhia no dia-a-dia.
Nos meios de comunicação social, embora os actos de comunicação com frequência tenham consequências voluntárias, contudo são as pessoas que escolhem usar os mass media para finalidades positivas ou negativas, para o bem ou para o mal.
Estas observações para a questão ética são feitas não só aqueles que recebem as comunicações, os espectadores, ouvintes e leitores; mas especialmente para aqueles que controlam os instrumentos da comunicação social, determinando as suas estruturas, linhas de conduta e conteúdo.
O fato de a manutenção de um órgão de comunicação de massa ser bastante poderosa faz com que as ermpresas dependam dos imperativos de consumo, (máxima circulação, no caso livros, jornais, revistas, rádio, televisão e filmes); garantia de audiência e venda de publicidade, para sobreviver ou se expandir.
Os mass media nada fazem por si mesmo, eles são instrumentos, ferramentas que as pessoas utilizam como pretendem.
Os mass media são importantes em todos os conceitos económicos, políticos, cultural, educativo e religioso.
Os mass media podem também ser usados para obstruir a comunidade e prejudicar o bem integral das pessoas, atraindo os indivíduos para comunidades perversas, organizados á volta de valores falsos e destruidores.
Nunca se deve esquecer que a comunicação transmitida através dos mass media não é uma actividade economica, com a simples finalidade de solicitar, persuadir ou vender. Tampouco é um veículo para ideologias.
Os meios de comunicação social, por vezes, podem reduzir os seres humanos a unidades de competição entre si, ou manipular telespectadores, leitores e ouvintes com grandes imperativos, das quais se esperam vantagens, quer elas estejam relacionadas com um apoio de tipo político ou com a venda de produtos; são estes factos que destroem a comunidade.
A comunicação tem a tarefa de unir as pessoas e de enriquecer a sua vida, e não de as isolar e explorar. Se forem usados de maneira correcta, os meios de comunicação social podem contribuir para criar e manter uma comunidade humana baseada na justiça e na caridade e, na medida em que o fizerem, tornam-se sinais de esperança.
A eficácia quase mítica que se atribui aos meios de comunicação de massa, quanto ao seu efeito manipulador e persuasor nas mentes humanas, tem hoje menos razão se ser, nas sociedades desenvolvidas, perante um público mais desconfiado, que não aceita tudo o vê ou ouve, um publico que não acredita forçosamente na eficácia destes media, um público que tem acesso a outras formas de comunicação, mais pessoais e directas.
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